sábado, 28 de maio de 2011

EM CARNE E OSSO.

Amigas(os),
Quão enigmático é o nosso corpo.

Temos um corpo, não há como fugir dessa realidade. Um corpo em constante modificação, que cresce, se excita, se revela, se esconde, evoca fantasias, lateja, estremece, surpreende, amadurece, adoece, murcha, envelhece. Ocupa e (cede) espaço. Ao mesmo tempo nos distingue como seres únicos e nos remete à limitação humana. Atravessado por marcas psíquicas, histórias e cicatrizes, apresenta inúmeros enigmas e oferece algumas respostas,
Embora simbolizado de infinitas maneiras, expõe a realidade do concreto, do palpável. Tanto a relação consigo mesmo quanto com o outro é mediada pelo corpo: olhar, toque, cheiro, , calor, faltas, excessos, atração ou repulsas. Percepções do mundo, de nós mesmos e daqueles que nos cercam são intermediadas pelas reações corporais.
É no contato com o corpo do outro que a vida é gerada, somos acolhidos e nos constituímos como protagonistas de nossa própria vida. Como um campo profícuo de conflitos psíquicos, atravessados pela sexualidade, o corpo testemunha desejos e ansiedades, sofre dores e angústias, permeado pela multiplicidade de sentimentos.
Múltiplas também são as maneiras como as inúmeras áreas do saber olham o corpo, se referem a ele e lhe conferem significados. O corpo a qual se voltam fisiologistas e anatomistas, por exemplo, não é o mesmo sobre o qual fala a maioria dos psicólogos e certamente não tem os mesmos sentidos que os psicanalistas atribuem a ele. Os cientistas o separam em partes e o examinam. Psicoterapeutas o reconhecem como integrantes de uma unidade que se compõe com a mente. Já os médicos, em geral, se concentram em aplacar seus desconfortos, sinais e sintomas. Há ainda o corpo erógeno, desejado e desejante, o corpo envolto pelas paixões ou atormentado pelo desconforto. O fato é que estamos nele e existimos como sujeitos apenas encarnados, corporificados.
O corpo em constante transformação - real ou imaginário, adoecido ou em busca da saúde - seus sinais, gestos, suas interações com o psiquismo, possíveis terapias, mistérios e facínios inexoráveis, pulsantes. Um corpo às vezes prazeroso, às vezes assustador - em carne e osso, no qual se desenrola a experiência do existir.

Pesquisado em : Mente e Cérebro - Linguagem do Corpo.

P.S: Um texto profundo, o qual nos remete a refletir sobre a importância da nossa exitência nessa vida tão singular e breve.

Abraço apertado e energizado a todos.

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